Poema paródia


Este poema
Não é mais que um poema
Não é uma confissão amorosa
Pegajosa
Nem procura simetria
Pra disfarçar um sentimento misterioso
Te quero, te quero
Mas, às vezes, não

A tua presença
Nem sempre percebo
Se morreria por ti?
Só se estivesse louco
Na solidão
Eu vejo os teus olhos
Por isso tenho que dizer
Te sinto, te sinto
Mas,às vezes, não

Quando não te vi
Me senti desperto
De um sonho milenar meio incerto
A minha veste
Impede teu instinto torto
De abrir meu peito e de me acumular
De amores, de amores
Mas, às vezes, não

Se num instante
Eu me sinto vencedor
Eu me apodero do céu luminoso
Gritando incrédulo
O que não aprendi contigo
Cerro meus olhos, mas ainda contemplo
Teu rosto, teu rosto
Mas,às vezes, não
Teu rosto
Mas, às vezes, não
Mas, às vezes, não



Canção/Inspiração: www.youtube.com/watch?v=zidwJlqBYws&amp


>Narciso<


Fuga



A medida dos meus contratempos se apresenta a cada momento.

Como ponto de fuga ou como fuga no tempo.

Na verdade não ligo,

só me assanho e me angustio,

Quando finjo sentir o já sentido.


Parto de mim, na procura infindável de não me encontrar.

Escolho momentos que me fazem sonhar,

mesmo que esses momentos de nada possam me revelar.

Pois são de momentos assim que precisamos assenhorear.


Quando não encontro a paz,

Aquela paz,

A minha paz...

Busco sempre,

não por buscar,

mas acima de tudo busco encontrar.

E por mais confuso e fugitivo que a busca possa parecer.

Busco...

Busco assim mesmo, sem nunca me ater.




Astréia