Pedra bruta



Meu estômago eclode borbulhas de sofrimento.
Estou condenada a uma guerra desleal,
Travada pelas enzimas da angústia atreladas à azia da exaustão.

Meu corpo pulsa atormentado pela desilusão,
Atolado pela lama da indiferença humana.
Estou apática, imobilizada pelo suco gástrico da minha própria frivolidade.

Estou ferida.
Virei pedra bruta.
Virei o nada.
Virei um bustiê velho e podre.