Meu Deus,
que eu não perca
o olhar íntimo
das coisas triviais
Que eu saiba calar
quando se fizer
necessário
emudecer o grito
Que minha pele
suporte as marcas
visíveis do tempo,
presa ao som do vento
Que eu possa
olhar o horizonte
e descobrir a Ti,
lá longe,
onde me encontro só,
onde um dia serei pó
Que o peso da minha dor
suporte carregar
o meu corpo convalescido
em misericórdia epifânica
Que eu saiba viver
e respirar no outro
um pouco de Você!
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