Falta-me inspiração
quando me falta chão.
Mas na falta de um
ímpeto inspirador,
penso em você, a angústia nauseante e moribunda
da dor.
A dor não sentida,
mas viva,
A dor que me
tom'alma,
A dor ferida e
chagada de ânsia.
Falta-me um alicerce,
Uma escora,
Um ancoradouro.
Falta-me uma e mais
uma inspiração.
Essa inspiração só
minha e, enquanto minha, dona de mim.
E não sendo sua,
indiferente a você.
Ah!...as palavras
embriagam-me ao vento,
Sinto-me torpe,
nebulosa por dentro.
As palavras são
inspirações inatas,
retiradas do
pensamento vagante, sorrateiro.
Elas entorpecem minha sobriedade,
enlouquem minha sanidade.
Ah!...palavras, retiradas das sensações sentidas,
vividas na solidez da alma,
negligenciada na
estupidez da raça.
Aquela inspiração anterior
da qual sentia falta,
Sacio agora com
minhas
Palavras!
1 comentários:
Penso que exista mesmo essa complementariedade entre tais elementos e, possivelmente, uma é a razão de existir do outro: escrevo para me inspirar ou me inspiro para escrever.
Belo poema. Gostei também do layout! =)
Postar um comentário