Esta história aconteceu devido ao meu vício, um tanto quanto recomendado, mas com as devidas precauções de devanear, de divagar ou de ir além da imaginação.Pensei conhecer muitos canais. Os meios de comunicação estão fervilhando deles. Tem canal para todos os gostos. Tem canal famoso. Tem o menos famoso, mas conhecido. O não conhecido por alguns, e, quem sabe, o totalmente desconhecido.
Existe também aquele canal que nos une. Esse é bem conhecido, serve para ligar relações harmoniosas, para passar informações. O Canal de Freqüência, atribuído ao input (entrada) e ao output (saída). Sem contar o canal que liga rios, lagos e açudes. O Canal deferente, bem familiar para anatomia masculina, que é anatomicamente cada um dos dois ductos excretores testiculares. Tem tipograficamente o canal referente à goteira da planta, de casa, do livro...
Entretanto, submeti-me a um Canal pulpar por ironia do destino. Morri de medo quando soube do que precisava. Afinal de contas, o Aparelho de Raio X Paronâmico ficou sabendo, informou ao dentista que fez o laudo para o outro ao qual fui encaminhada, e, que, por fim, contou-me. Ou seja, fui a última a saber. Quer dizer, para não ser injusta com o dito-cujo (o dente), ele me avisou tempos atrás com uma dorzinha superficial, dormente, não tão forte a ponto de procurar o dentista e cessando rapidinho.
Pois bem, tudo teve início quando procurei um ortodontista, o qual exigiu que eu fizesse uma bateria de exames de Raios X , e, dentre eles, eis o Raio X panorâmico que detectou uma mancha escura na raiz do dente. Entretanto, como já frisei, só soube do canal através de outro dentista o qual fui encaminhada para as extrações necessárias antes do tratamento ortodôntico. Sabia apenas das extrações dos sisos, porém não do canal.
Tremi nas bases e saí correndo para obter informações de quem já havia se submetido ao tratamento. Perguntei a uma amiga e busquei informações na internet. A amiga disse que doía muito, “prepare-se para sofrer”. Na internet, as opiniões eram bem divergentes: “dói”, “não dói”, “fiz quatro e não dói sob o efeito da anestesia”, etc. Porém, apesar do terror não tão horrível da cadeira do dentista, tinha convicção de que ia doer. De antemão, sentia o gosto de sangue na boca e a dor batendo à minha porta (boca)...E qual a minha surpresa? Não doeu patavina. Não foi utilizado nenhum tipo de anestésico. Primeiro, porque não gosto e, segundo, porque não foi preciso. Tá bom, confesso que a frase fica melhor invertida.
Acreditem se quiser. Não senti nada! E tudo porque a raiz de meu dente já estava morta. Nunca pensei que fosse sorrir tanto para a morte.
Dois seres... Duas almas... Dois sexos e uma escolha. Escolha aparentemente simples, mas também não. Escolha de condividir anseios semelhantes ou não. Este é o nosso espaço. Espaço para dois seres: Estranhos? Quem sabe. Verdadeiros? Pode ser que sejamos, quase sempre, afinal ocultar, não dizer ou dizer não dizendo será um modo interessante de narrar as nossas vicissitudes.
Decidimos num instante mágico, poético, metafísico, místico e etc e etc e etc mostrar o que habita em nossas almas, em nossos pensamentos ou seja, em nossas PALAVRAS E DEVANEIOS!